Le Mont-Saint-Michel - O Monte São Miguel - é um rochedo situado em um
imenso prado na Baía do Mont-Saint-Michel,
entre as regiões francesas da Normandia e a Bretanha, e durante as marés altas,
transforma-se numa ilha.
Segundo
a lenda, uma pequena igreja foi fundada no monte pelo bispo de Avranches,
Aubert, em 16 de outubro de 709,
a pedido do Arcanjo Miguel em pessoa (melhor dizendo, em
pessoa celestial!).
Estátua do Arcanjo Miguel na Abadia, ponto mais alto do Mont-Saint-Michel. |
Junto
com Roma (Itália) e Santiago de Compostela (Espanha) foi um importante ponto de
peregrinação na época medieval. Hoje, faz parte do Caminho de Santiago.
Na
época da Revolução Francesa, foi usado como prisão. No século XIX foi
restaurado e em 1979 declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Atualmente,
vivem 44 pessoas no monte que vêem a cada ano uma invasão de 3,5 milhões de
turistas. Sendo um dos pontos turísticos mais visitados da França, atrás só da
Torre Eiffel e do Castelo de Versalhes, pode receber tranquilamente em um dia
de verão, mais de 20 mil turistas.
Fizemos
uma visita rápida em 2013 e não deu tempo de visitar a Abadia, mas dizem que
vale a pena. Posso estar sendo um pouco chata, mas a vista que tivemos do
Monte desde uma estrada, me impressionou mais do que o monte em si.
Estando
ali dentro da muralha, parece só mais uma cidadezinha medieval bonitinha. Tem
uma rua principal, que leva à Abadia, e becos, ruazinhas, escadarias e mirantes
que circundam todo o monte. Conta com alguns hotéis, restaurantes, museus muitas lojas de souvenirs.
E
para aumentar um pouco minha decepção, só pudemos ir em um dia em que a maré
estava baixa, e não deu para ver a maior atração do Monte, ver subir a maré
“com a velocidade de um cavalo galopando”. O Mont-Saint-Michel é o segundo lugar no mundo – atrás só da Baía de
Fundy, no Canadá – com maior diferença entre a maré alta e a baixa.
Este
ano, cerca de 30.000 sortudos tiveram a chance de apreciar a “maré do século” -
que na verdade ocorre a cada 18 anos. Os
visitantes puderam ver no dia 21 de março um espetáculo da natureza. Em uma
tabela de medição de marés que vai a 120, essa chegou a 119. A próxima deve ocorrer dia
3 de março de 2033.
É
possível fazer uma visita por essas planícies em dias de maré baixa, mas a
recomendação é que seja feita com guias especializados, pois a velocidade com
que a maré sobe pode ser fatal. Além disso, há o perigo das areias movediças.
Vale
a pena dar uma conferida na página oficial e ver o calendário de marés.
Durante
os últimos dez anos, foram feitas diversas obras no entorno do Mont-Saint-Michel para fazer com que a
água circule como séculos atrás. Se nada tivesse sido feito, no ano 2040, o
entorno do monte estaria sedimentado e seria uma imensa planície.
Antes,
os carros podiam estacionar perto do monte. Hoje há um estacionamento a 2,5 km . Do estacionamento ao
monte, são disponibilizados mini-ônibus gratuitos. Além disso, para os mais
animadinhos, a travessia pode ser feita a pé, com uma caminhada de 40 min. em média. Para conferir
horários e valores do estacionamento, dá uma olhada aqui.
Outra
coisa que não deu tempo de apreciar (e dizer se é realmente bom) são os
cordeiros prés-salés (pré-salgados).
Têm este nome porque o que dá sabor diferenciado a esta carne é a grama de que
se alimentam estes animais, que é irrigada pela água do mar, rica em sal e
minerais.
Apesar da decepção, valeu a experiência.
E em outras circunstâncias pode ser realmente maravilhoso ver o Monte em sua
plenitude, sem obras, com bom tempo e “altas” marés! Só voltando para saber.
Quem sabe um dia!
Nessa time-lapse , dá pra conferir a maré do século desse ano:
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