Como muitas cidades européias, Rouen foi fundada
pelos romanos, mais precisamente na época do imperador Augusto, no séc. I, com
o nome de Rotomagus. E como muitas
cidades européias, sofreu inúmeras invasões ao longo dos séculos. Povos
bárbaros, vikings, ingleses, todos queriam a próspera cidade com vocação
comercial, sobretudo de têxteis.
Dividida pelo rio Sena, Rouen foi o principal porto
de entrada do pau-brasil na Europa.
A cidade foi palco do fim da vida da mártir Joana
D’Arc, que foi aprisionada e queimada como herege. A “Donzela de Orléans” tem
seu espaço (podia ter mais), mas há mais para ver. E para quem gosta de coisa
antiga, em Rouen vai encontrar! Edifícios e casas de antes da época do
Descobrimento do Brasil muito bem conservados e em pleno funcionamento, apesar
de destruições sofridas durante séculos de luta e durante a Segunda Guerra
Mundial. Podemos ver alguns edifícios perfurados por balas (de metralhadoras,
ou canhões, ou sei lá que armamento).
De casinhas tradicionais com a madeira aparente à
igrejas com seus campanários (Victor Hugo chamou Rouen de “A cidade dos 100
campanários”), vamos à alguns deles!
Não é a foto que está torta, são as casas mesmo! |
Catedral
de Notre-Dame de Rouen
No princípio do séc. XVI, trabalhou na obra da
Catedral o escultor João de Ruão (Jean de Rouen), que mais tarde instalou-se em
Coimbra e foi um dos nomes mais importantes do Renascimento Português.
Entre 1876 e 1880, foi considerada o edifício mais
alto do mundo, após a instalação de uma agulha na torre-lanterna, chegando a
medir 151 metros .
E na década de 1890, Claude Monet fez uma série de
30 pinturas, que representavam a Catedral em diferentes momentos do dia e das
estações.
Atualmente a fachada está sendo restaurada. Fiquem
atentos aos horários, durante o período de 1 de novembro a 31 de março, a
catedral e outras igrejas fecham de 12h às 14h e às segundas de manhã.
A foto é da lateral porque a frente estava cheia de andaimes |
Gros Horloge (Grande
Relógio)
Hoje funciona um museu, de onde se tem as vistas da
cidade, com entrada normal a 6€.
Palácio de
Justiça
Antiga sede do Parlamento da Normandia, é um dos
maiores edifícios com arquitetura civil gótica do final da Idade Média da
Europa. Debaixo dele foi encontrado um monumento judeu mais antigo da Europa.
Ele é um desses edifícios com marca de bala. É enorme!! Só tenho essa foto com
um detalhe do edifício.
Museu de
Belas Artes
O museu conta com uma prestigiada coleção de obras
do séc. XV aos dias de hoje. Distribuídos em 60 salas, o visitante encontrará
pinturas, esculturas, desenhos e objetos de vários artistas famosos. Alguns dos
nomes: Perugino, Veronese, Rubens, Caravaggio, Velàsquez,
Ribera, Monet, Poussin e Delacroix. A lista não é fraca, não! A tarifa inteira
custa 5€.
Hôtel de Ville (Prefeitura)
Lateral da Igreja de Saint-Ouen |
Hôtel
Bourgtheroulde
Hotel de luxo, construído no final do séc. XV. Só vi por fora, hein! É bem bonito.
Alguns dos lugares
dedicados à Joana D’Arc:
Place du Vieux Marché (Praça do Velho Mercado)
Nessa praça foi queimada
Joana D’Arc, em 1431. Hoje a praça é diferente do que era naquela época.
Rodeada por bares e restaurantes, no centro, podemos ver os restos da antiga
Igreja de Saint-Saveur. No local onde foi feita a fogueira, foi
erguida uma cruz. Nela também está a igreja dedicada à heroína francesa, Igreja
Sainte-Jeanne-D’Arc.
Na praça do Velho Mercado funciona desde 1345, o restaurante/pousada mais antigo da França. |
Église Sainte-Jeanne-D’Arc (Igreja
Santa Joana D’Arc)
A igreja em estilo
moderno, foi construída em 1979, e seu arquiteto queria evocar as construções
navais. O seu telhado faz alusão ao mar. Para mim parece o chapéu do Gandalf,
de “O Senhor dos Anéis”!
Foi um custo encontrar
essa igreja aberta, pois estava em reforma. Mas um belo dia consegui (fico devendo
foto do interior). Ela é pequena, mas
tem uns belos vitrais do séc. XVI.
Ainda acho que se parece o chapéu do Gandalf! |
Torre Joana D’Arc
Com aprox. 35 m . de altura e paredes de 4 m . de espessura, essa torre é
o único vestígio elevado que sobrou do castelo construído por
Há mais coisas para ver,
mas o principal são os citados. Uma visita básica pode ser feita em 1 dia. O
legal é ir andando pelo centro, sem um rumo definido, as atrações vão
aparecendo. Se você for no inverno, vai
bem agasalhado, porque faz um frio do caramba.
Acho que é isso! Para
quem gosta de cidade antiga, em Rouen vai encontrar antiguidade. Só esperava
mais homenagens à Joana, acho que esse ponto ficou a desejar.
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