Tallinn, a capital da Estônia está a uns 80 km. ao sul de Helsinque, na Finlândia. As duas cidades são separadas pelo Golfo da Finlândia, o mais oriental dos braços do Mar Báltico. Pela relativa proximidade, quem visita uma cidade quase sempre separa um dia no roteiro pra visitar a outra. E claro que morando em Helsinque era quase uma obrigação conhecer a capital estoniana.
O meio de transporte mais usado na viagem entre as duas cidades é o ferry boat, mas também dá pra ir de avião (acho que não compensa) e até mesmo helicóptero (muito caro). Vou contar um pouco como foram minhas experiências com o ferry, que recomendo muito. Depois, o roteiro por Tallinn.
Ferry de Helsinque a Tallin
Essas são as companhias de ferry que sei que operam nessa linha: Tallink Silja, Viking Line, Eckerö Line e Linda Line.
A Linda Line possui barcos pequenos e velozes, mas instáveis quando as condições meteorológicas são ruins, por isso, as viagens são canceladas quando há temporais.
Quanto às outras, têm boas recomendações e acho que vai ser mesmo uma escolha pessoal: duração da viagem, saída do centro, preço etc.
Viajei com a Viking Line e com a Eckero Line e gostei das duas. Foram viagens tranquilas e rápidas. O bom tempo ajudou também! O que pode ser um inconveniente de viajar com a Eckero é que o barco sai de um terminal que está longe do centro, no Porto Oeste, mas o bonde elétrico número 7 passa perto.
Os ferries são bem grandes e mais parecem um navio de cruzeiro, com várias comodidades. Os barcos têm várias cobertas exteriores, restaurantes e cafeterias, lojinha de souvenir, supermercado, mesa de jogos (do estilo de cassino) e mini-spa. Há também muito entretenimento como shows, karaoke, teatrinho pras crianças. Achei mais do que suficiente para o tempo que dura a viagem, que foi de pouco mais de 2 horas.
Uma ideia que pode ser interessante é viajar em camarote. Na Viking Line o preço foi mais econômico e aumentou 15€ no preço total dos bilhetes comuns. Já na Eckero, o preço com camarote duplicava. Mas acho que depende do dia, então é bom pesquisar no site deles.
Outras das comodidades de viajar em ferry: wi-fi grátis, dá pra levar animal de estimação e até seu carro ou moto. Em uma outra viagem que fizemos entre França e Espanha levamos o carro e foi bem tranquilo.
Os preços e horários variam de acordo com a quantidade de pessoas, dia e época do ano, mas sempre há boas combinações pra passar o dia em Tallinn e voltar no mesmo dia.
Um exemplo de horários que nós fizemos sem pressa: com a Viking Line fomos num dia semana e saímos do centro de Helsinque às 10h30 e chegamos a Tallinn à 13h15. Passamos a tarde na cidade e o ferry da volta saiu às 18h, chegando em Helsinque às 20h15. Mas há outros horários, inclusive dá pra sair de madrugada e dormir no barco.
Na vez que fomos em um sábado, na Viking não havia boa combinação de horário pra nós, então fomos com a Eckero. Saimos de Helsinque às 9h e chegamos a Tallinn às 11h15. O ferry da volta saiu às 18h30 e chegou a Helsinque às 21h.
Curiosidade! Finlandeses, bebida alcoólica e Tallinn
Na volta, reparem nas caixas e mais caixas de bebidas alcoólicas que os finlandeses trazem de Tallinn.
Na Finlândia, bebidas alcoólicas de mais de uma certa graduação só podem ser vendidas em bares, restaurantes e em lojas especializadas monopolizadas pelo Estado, os Alko. As bebidas são muito caras e as lojas só abrem poucas horas, inclusive nos fins de semana. Isso porque a Finlândia sempre teve problemas com o alcoolismo, que é a primeira causa de mortes de homens e a segunda de mulheres.
Resultado: muitos finlandeses vão passar o dia em Tallinn onde a bebida é mais barata, compram todos os tipos de bebidas e voltam com seus carrinhos cheios de caixas. A quantidade de gente bêbada no ferry é grande, não se assuste!
A Linda Line possui barcos pequenos e velozes, mas instáveis quando as condições meteorológicas são ruins, por isso, as viagens são canceladas quando há temporais.
Quanto às outras, têm boas recomendações e acho que vai ser mesmo uma escolha pessoal: duração da viagem, saída do centro, preço etc.
Viajei com a Viking Line e com a Eckero Line e gostei das duas. Foram viagens tranquilas e rápidas. O bom tempo ajudou também! O que pode ser um inconveniente de viajar com a Eckero é que o barco sai de um terminal que está longe do centro, no Porto Oeste, mas o bonde elétrico número 7 passa perto.
Os ferries são bem grandes e mais parecem um navio de cruzeiro, com várias comodidades. Os barcos têm várias cobertas exteriores, restaurantes e cafeterias, lojinha de souvenir, supermercado, mesa de jogos (do estilo de cassino) e mini-spa. Há também muito entretenimento como shows, karaoke, teatrinho pras crianças. Achei mais do que suficiente para o tempo que dura a viagem, que foi de pouco mais de 2 horas.
Uma ideia que pode ser interessante é viajar em camarote. Na Viking Line o preço foi mais econômico e aumentou 15€ no preço total dos bilhetes comuns. Já na Eckero, o preço com camarote duplicava. Mas acho que depende do dia, então é bom pesquisar no site deles.
Outras das comodidades de viajar em ferry: wi-fi grátis, dá pra levar animal de estimação e até seu carro ou moto. Em uma outra viagem que fizemos entre França e Espanha levamos o carro e foi bem tranquilo.
Os preços e horários variam de acordo com a quantidade de pessoas, dia e época do ano, mas sempre há boas combinações pra passar o dia em Tallinn e voltar no mesmo dia.
Um exemplo de horários que nós fizemos sem pressa: com a Viking Line fomos num dia semana e saímos do centro de Helsinque às 10h30 e chegamos a Tallinn à 13h15. Passamos a tarde na cidade e o ferry da volta saiu às 18h, chegando em Helsinque às 20h15. Mas há outros horários, inclusive dá pra sair de madrugada e dormir no barco.
Na vez que fomos em um sábado, na Viking não havia boa combinação de horário pra nós, então fomos com a Eckero. Saimos de Helsinque às 9h e chegamos a Tallinn às 11h15. O ferry da volta saiu às 18h30 e chegou a Helsinque às 21h.
Curiosidade! Finlandeses, bebida alcoólica e Tallinn
Na volta, reparem nas caixas e mais caixas de bebidas alcoólicas que os finlandeses trazem de Tallinn.
Na Finlândia, bebidas alcoólicas de mais de uma certa graduação só podem ser vendidas em bares, restaurantes e em lojas especializadas monopolizadas pelo Estado, os Alko. As bebidas são muito caras e as lojas só abrem poucas horas, inclusive nos fins de semana. Isso porque a Finlândia sempre teve problemas com o alcoolismo, que é a primeira causa de mortes de homens e a segunda de mulheres.
Resultado: muitos finlandeses vão passar o dia em Tallinn onde a bebida é mais barata, compram todos os tipos de bebidas e voltam com seus carrinhos cheios de caixas. A quantidade de gente bêbada no ferry é grande, não se assuste!
O que ver em Tallinn em uma tarde
Declarada Patrimônio da Humanidade em 1997, o centro histórico medieval de Tallinn é considerado uma dos mais bem conservados da Europa.
Localizada em um ponto estratégico do mar Báltico, durante sua história a cidade foi alternando momentos de independência com outros de dominação danesa, alemã, sueca e russa. E essa mistura é vista na arquitetura antiga da cidade, que também possui um lado cosmopolita e moderno fora da muralha medieval.
Mas nessa viagem vamos conhecer um pouco do centro histórico, num roteiro bem turístico pra conhecer em uma tarde. O roteiro passa tanto pela parte alta, onde viviam os nobres de outras épocas (Troompea - Colina da Catedral), como pela parte baixa (Vanalinn - Cidade Velha). Vou deixar um mapinha no final do post pra facilitar.
Como comentei antes, fui duas vezes no verão: a primeira num dia de semana, tinha muita gente mas estava tudo relativamente calmo. A segunda vez foi num sábado: loucura total, tudo muito cheio! Mas valeu a pena assim mesmo.
O local é iluminado por velas, os funcionários vão vestidos como no séc. XV e até fazem curso pra aprender a falar como na época. A comida é bem contundente, com carne de caça e muitos grãos. Há pratos caríssimos, como a carne de urso (descobri que na Finlândia é proibido, deve ser por isso que é caro), mas outros mais em conta, como o salmão que eu pedi por 16€. A cerveja deles é boa, mas uma dica pra economizar é pedir água, que não é cobrada.
Vi muitos relatos antes de gente dizendo pra não deixar de ir no banheiro. Na primeira vez que fui ao Olde Hansa fiz isso, fui ao banheiro e achei normalzinho. Mas na segunda vez, vimos que o restaurante funciona em dois prédios. No Olde Hansa Waggehus, a decoração é mais chiquezinha, mais clean, e no outro é mais parecida a uma taverna, que é onde está o tal banheiro. Mas ambos possuem o mesmo menu e o ambiente medieval. Na verdade, a marca Olde Hansa ocupa quase uma esquina perto da Grande Praça, já que também há um mercado e lojinhas de presentes.
Localizada em um ponto estratégico do mar Báltico, durante sua história a cidade foi alternando momentos de independência com outros de dominação danesa, alemã, sueca e russa. E essa mistura é vista na arquitetura antiga da cidade, que também possui um lado cosmopolita e moderno fora da muralha medieval.
Mas nessa viagem vamos conhecer um pouco do centro histórico, num roteiro bem turístico pra conhecer em uma tarde. O roteiro passa tanto pela parte alta, onde viviam os nobres de outras épocas (Troompea - Colina da Catedral), como pela parte baixa (Vanalinn - Cidade Velha). Vou deixar um mapinha no final do post pra facilitar.
Como comentei antes, fui duas vezes no verão: a primeira num dia de semana, tinha muita gente mas estava tudo relativamente calmo. A segunda vez foi num sábado: loucura total, tudo muito cheio! Mas valeu a pena assim mesmo.
1 - Terminal A
Os cruzeiros chegaram pelo Terminal A e basta seguir em frente que em 10 min. de caminhada estamos no centro. Na saída, resolvemos ir pela via do lado direito (a Sadama) para entrar pela Torre Margarida, a Gorda.
2 - Paks Margareeta (Margarida, a Gorda)
A cidade é toda amuralhada e cheia de torres, mas uma que se destaca é a chamada Margarida, a gorda. Ao longo de sua história serviu como prisão e armazém, e hoje em dia funciona como o Museu Marítimo (que está fechado para reforma até outubro/19). Um portal interessante para entrar na parte antiga.
3- Relógio da Pühavaimu (Igreja do Espírito Santo)
Atravessando a Torre Margarida, seguimos em frente pela rua Pikk até o final dela. Só parei para tirar uma foto do lindo relógio na fachada da Igreja do Espírito Santo que continua funcionando desde o séc. XVII. A grande praça está ali do lado, mas resolvemos seguir para a parte alta da cidade e vê-la na volta.
4 - Pikk Jalg (Perna Longa)
Para subir à parte alta (Troompea), fomos pela Pikk Jalg (Perna Longa), uma rua medieval íngreme de pedras. Ao longo dela há artistas pintando seus quadros, o que dá um colorido bonito contrastando com os tons cinzas da rua.
O local onde está não é mero acaso! A catedral foi construída onde antes havia uma estátua de Martinho Lutero, pra mostrar aos moradores quem é que mandava. Quase foi demolida em 1924, já que os estônios a consideravam uma amarga lembrança dos tempos da dominação russa.
5- Aleksander Nevski Katedraal
Lá no final da rua Pikk Jalg, damos de cara com a Catedral Aleksander Nevski, uma catedral ortodoxa russa construída em 1900 como um símbolo de domínio religioso e político, quando a Estônia fazia parte do império czarista russo.O local onde está não é mero acaso! A catedral foi construída onde antes havia uma estátua de Martinho Lutero, pra mostrar aos moradores quem é que mandava. Quase foi demolida em 1924, já que os estônios a consideravam uma amarga lembrança dos tempos da dominação russa.
6- Kohtuotsa (Mirante Kohtu)
A cidade é cheia de mirantes e a minha intenção de ir à parte alta (Troompea) era conhecer algum dos dois melhores mirantes gratuitos: Kohtu e Patkuli. Optamos pelo mirante Kohtu (a localização exata está no mapa no final do post).
No dia que fomos estava lotado, mas com um pouco de jogo de cintura deu pra fazer umas fotos. Temos uma bonita vista das torres das igrejas no meio dos telhadinhos vermelhos das casas medievais.
Se para subir fomos pela perna longa, para descer voltamos pela perna curta. Atravessamos uma porta de madeira e chegamos a um beco, também íngreme, que é a Lühike Jalg. Tem uma escada pra ajudar na descida/subida, mas achei um pouco perigosa pra crianças e idosos.
No dia que fomos estava lotado, mas com um pouco de jogo de cintura deu pra fazer umas fotos. Temos uma bonita vista das torres das igrejas no meio dos telhadinhos vermelhos das casas medievais.
7- Lühike Jalg (Perna Curta)
Em Troompea ainda há outras coisas interessantes pra ver como a Catedral de Sta. Maria, o Castelo de Troompea e outros mirantes, mas resolvemos voltar para a parte baixa da cidade (Vanalinn) para almoçar.Se para subir fomos pela perna longa, para descer voltamos pela perna curta. Atravessamos uma porta de madeira e chegamos a um beco, também íngreme, que é a Lühike Jalg. Tem uma escada pra ajudar na descida/subida, mas achei um pouco perigosa pra crianças e idosos.
8- Rataskaevu Kassikaev (Poço dos Gatos)
O Poço dos Gatos na rua Rataskaevu é assim chamado por causa de uma lenda da Idade Média. Os antigos moradores acreditavam que havia um espírito maligno no poço. Então, resolveram apaziguar sua ira jogando animais no poço em sacrifício, principalmente gatos. O poço parou de funcionar somente no séc. XIX por contaminação. Até que demorou, né!
9 - Restaurante Olde Hansa
Já sabíamos onde queríamos almoçar: no Olde Hansa. O restaurante é todo em temática medieval, quando a cidade fazia parte da Liga Hanseática.O local é iluminado por velas, os funcionários vão vestidos como no séc. XV e até fazem curso pra aprender a falar como na época. A comida é bem contundente, com carne de caça e muitos grãos. Há pratos caríssimos, como a carne de urso (descobri que na Finlândia é proibido, deve ser por isso que é caro), mas outros mais em conta, como o salmão que eu pedi por 16€. A cerveja deles é boa, mas uma dica pra economizar é pedir água, que não é cobrada.
Vi muitos relatos antes de gente dizendo pra não deixar de ir no banheiro. Na primeira vez que fui ao Olde Hansa fiz isso, fui ao banheiro e achei normalzinho. Mas na segunda vez, vimos que o restaurante funciona em dois prédios. No Olde Hansa Waggehus, a decoração é mais chiquezinha, mais clean, e no outro é mais parecida a uma taverna, que é onde está o tal banheiro. Mas ambos possuem o mesmo menu e o ambiente medieval. Na verdade, a marca Olde Hansa ocupa quase uma esquina perto da Grande Praça, já que também há um mercado e lojinhas de presentes.
10- Raekoja Plats (Grande Praça)
A Raekoja Plats é o centro medieval e um dos lugares mais bonitos da capital estoniana, com casas e edifícios que comprovam a prosperidade da cidade de mercadores de outros tempos.
O protagonista é o edifício da Prefeitura, com uma torre de 64 m. onde lá no alto está o Vana Toomas (Velho Tomás), um dos símbolos da cidade desde 1530. No verão é possível visitar a prefeitura e sua torre e desfrutar das vistas da praça com seus edifícios medievais.
Na parte de baixo da prefeitura entre os arcos, funciona a taverna medieval III Draakon, do mesmo grupo do Olde Hansa. Pode ser uma alternativa ao restaurante principal, mais em conta e com comidas mais suaves.
11 - Raeapteek (Farmácia)
Ainda na Raekoja Plats, no lado oposto da prefeitura, está outro dos pontos icônicos da cidade. A Raeapteek, também conhecida como Farmácia Burchart, é a farmácia mais antiga da Europa (será?) funcionando continuamente desde 1422. Dez gerações da família Burchart a administraram entre os anos 1581 e 1911. Era tão famosa nos seus dias que o czar da Rússia costumava mandar buscar seus medicamentos na farmácia.
Hoje em dia funciona como uma farmácia normal, mas tem vários objetos em exposição lá dentro.
12 - Meistrite Hoov (Patio do Artesãos)
Descendo a rua da farmácia, chegamos na rua Vene e no número 6, há um pátio charmosinho com várias lojas de artesanato e um restaurante. Um dos muitos cantinhos medievais de Tallinn que dá gosto "descobrir".
13 - Katariina Käik (Travessa de Santa Catarina)
Seguindo um pouco mais pela rua Vene, no número 9 encontraremos a Travessa de Santa Catarina, um beco cheio de arcos que pertenciam a um antigo convento. Hoje, funcionam também várias lojinhas de artesanatos e cafeterias. É um lugar que realmente se sente na época medieval. Os restos do convento podem ser visitados por 2€. Como nos sobrava tempo, entramos. É pequeno, não há muito o que ver dentro, mas foi interessante.
14 - Muralha da rua Müürivahe
Atravessando a Travessa de Santa Catarina, chegamos à muralha na rua Müürivahe. Pode-se subir à parte de cima da muralha por 3€. Ao longo dela na parte de baixo, funciona um mercadinho de roupas típicas de lã.
15 - Viru Värav (Porta de Viru)
Pra finalizar o passeio, saímos pela principal porta de entrada/saída da parte medieval da cidade. Duas torres separam o velho e o novo. Atravessando a porta, encontramos a parte nova da cidade, com edifícios modernos que contrastam com a paisagem antiga.
Esses foram os pincipais lugares que visitamos, mas deu tempo de entrar por algumas ruazinhas menores e de uma parada pra tomar um café. Há muita história nesse lugar, impossível ver tudo em uma tarde, mas acho que na lista está o imperdível!! Se você acha que tem algum imperdível não visitado, fala aí nos comentários pra outros viajantes saberem também! :)
Olá Lidiane, ia fazer esse bate volta em abril, mas com a pandemia, tivemos que cancelar toda a viagem. Vou reformular meu roteiro com as suas dicas. Ótimo relato, obrigada e parabéns pelo blog ��
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