Várias podem ser as definições da elegante Estação Central de Trens da Antuérpia (Antwerpen Centraal-Station): templo de mármore, basílica ferroviária, catedral dos trens...
Muitos são os turistas que viajam à Antuérpia em trens vindos de várias partes da Europa só pra ver a que foi considerada pela revista americana Newsweek a quarta estação de trens mais bonita do mundo.
Situada no centro, perto dos principais pontos da cidade como o bairro Judeu (dos diamantes), a rua Meir (principal rua de comercial) e a uns 15 min. de caminhada do centro histórico, a estação realmente parece um palácio.
Um Pouco da Arquitetura da Estação
A Antwerpen Centraal-Station é a principal estação da cidade . O edifício original foi construído entre os anos 1895 e 1905, a pedido especial do rei Leopoldo II (com dinheiro vindo da extração da borracha no Congo).
O edifício de pedra com uma impressionante cúpula no hall de entrada (75 m. de altura) foi projetado pelo arquiteto belga Louis Delacenserie, que usou a estação de Lucerna (Suíça) e o Panteão (Itália) como fontes de inspiração. Foram usados mais de 20 tipos de mármores e diversas colunas de vários estilos.
A influência de Leopoldo II é vista em vários elementos decorativos, como seu monograma com duas letras L ou nos leões de pedra, que mostram seu fascínio (e cobiça) pela África.
A influência de Leopoldo II é vista em vários elementos decorativos, como seu monograma com duas letras L ou nos leões de pedra, que mostram seu fascínio (e cobiça) pela África.
Já a parte onde estão as linhas dos trens foi idealizada pelo engenheiro Clement Van Bogaert, num desenho que mistura vidro e metal. Com 44 m. de altura e 185 m. de extensão, suas grandes dimensões foram pensadas para dissipar a fumaça dos antigos trens, evitando que o vapor caísse nos passageiros.
História e Evolução da Estação
Em 1836, a Antuérpia era uma pequena parada no caminho ferroviário de Malinas (Mechelen) que contava com uma pequena estação de madeira. Nos finais do séc. XIX o rei Leopoldo II decidiu que a Antuérpia deveria possuir uma estação capaz de impulsionar o desenvolvimento da cidade.
Nos anos 50, a Antwerpen Centraal-Station conheceu junto com a Bruxelles-Midi (Estação Sul de Bruxelas) um dos tráfegos mais intensos da Europa. A partir dos anos 60, a estação começou a perder importância por causa do aumento do uso de carros.
Em 1998 começaram os trabalhos de reforma em larga escala para convertê-la também numa estação de passagem, e não só estação final, o que permitiu que os trens de alta-velocidade Paris-Bruxelas-Amsterdam viajassem pela Antuérpia.
O projeto foi concluído em 2007 e possui outras entradas além da principal, integrando os bairros no entorno.
Atualmente, a estação tem 4 níveis e 14 linhas:
▸Nível +1 - a estação original e 6 linhas finais.
▸Nível 0 - hall de entrada com guichês, serviços e lojas
▸Nível -1 - 4 linhas finais 7 m. abaixo do nível da rua
▸Nível -2 - 4 linhas de passagem 18 m. abaixo do nível da rua
Se forem visitar a terra do pintor Rubens ou mesmo se estiverem a caminho de Gante, Bruges ou até mesmo Amsterdam, sugiro que façam a viagem em trem. Mesmo uma parada rápida pela estação vai valer a pena, e depois é só seguir viagem, já que os trens saem com bastante frequência.
Para informações práticas acesse: Belgian Rail - Antwerpen Centraal
Alguns flashmobs já foram feitos na estação. Olha só que legal que ficaram!
Gosta da Bélgica? Confira aqui vários posts sobre esse maravilhoso país.
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Nossa, que bela estação!!
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